quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Russomanno é sócio de empresário que defendeu

O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, usou o seu mandato quando era deputado federal para defender o empresário Laerte Codonho, que foi condenado à prisão pela Justiça por crime contra a ordem tributária e hoje é o seu sócio.

Dono da marca de refrigerantes Dolly, Codonho foi o principal doador de Russomanno na campanha eleitoral de 2010, quando o então deputado disputou o governo paulista. Deu R$ 250 mil ao candidato, por meio da empresa Tholor do Brasil. Também patrocinou o Programa Celso Russomanno, exibido pela TV Gazeta entre 2006 e 2008, com a marca Guaraná Dolly.
Candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (e), acompanhado de seu vice, o advogado Luiz Flávio …
Em 2004, quando era deputado pelo PP, Russomanno apresentou à Comissão de Defesa do Consumidor, na Câmara dos Deputados, o requerimento de número 301, no qual pedia para que fossem investigadas denúncias sobre suposta concorrência desleal da Coca-Cola contra a Dolly.

Quase três anos depois da ação no Congresso, Codonho comprou em 2007 uma participação na empresa de comunicação do candidato, a ND Comunicação e Publicidade, fundada em 1986. A produtora é responsável por fazer os programas políticos e atrações na TV que foram comandadas por Russomanno.

Codonho foi protagonista de uma guerra contra a Coca-Cola, com acusações de espionagem empresarial, arapongagem e até agressões físicas. O litígio foi parar nos tribunais e nos órgãos governamentais de defesa da concorrência. O empresário acusava a Coca-Cola de querer "quebrar" sua empresa, por meio de pressão em fornecedores e distribuidores. Também dizia que a multinacional plantara um suposto contador na Dolly com o intuito de prejudicá-lo e colher informações confidenciais da empresa.

Fórmula

Além de solicitar a audiência no Congresso para ouvir a Dolly, Russomanno interveio a favor da empresa ao defender que a Coca-Cola deveria informar se havia na composição do refrigerante extrato vegetal feito a partir da folha de coca - Codonho alegava que as substâncias derivadas da coca eram usadas e feriam normas brasileiras, além de causarem dependência.

"O consumidor final precisa ter o direito de escolher no mercado de consumo o melhor e mais barato. Toda vez que tiramos uma empresa do mercado, seja nacional, seja estrangeira, estamos impedindo que o consumidor tenha opção", disse o deputado no plenário da comissão.

"São pilhas de documentos que podemos trazer à audiência pública desta comissão. Quero saber também se existe realmente algum derivado (da folha de coca)", disse o parlamentar na época. Russomanno também questionou a multinacional sobre denúncias de caixa 2, propagadas por Codonho. "Quero saber da Coca-Cola se existe o caixa 2."

Na audiência, o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) disse que Russomanno "tentou ser o juiz arbitral" do litígio entre a Coca-Cola e a Dolly. "Mas as cifras pedidas foram altas demais, não se podia falar, e a denúncia chegou a esta comissão. Essa é a verdade. Há grandes interesses envolvidos nisso, e nós também estamos sendo envolvidos", declarou o parlamentar, segundo as notas taquigráficas da Câmara.Russomanno reagiu. "O que vossa excelência citou é muito grave, muito sério", afirmou contra Araújo. Disse ter "tentado" um acordo, mas sem relação com a tentativa de venda da Dolly.

Na época, executivos ligados à multinacional disseram que Codonho queria vender a empresa para a Coca-Cola por US$ 100 milhões. Por isso, estaria encabeçando a campanha contra a companhia. Codonho negou que quisesse vender a sua indústria.

Diante da série de acusações entre as empresas, Russomanno chegou a fazer um desabafo: "Nesse mercado de cerveja e de refrigerante, assunto já discutido na Comissão de Defesa do Consumidor várias vezes, absolutamente ninguém é santo".

'É crime'. Antes da audiência na Câmara, o candidato do PRB já havia defendido Codonho. Em 2003, quando os dois se conheceram em Brasília, participou do programa 100% Brasil, da Rede TV!, patrocinado pela Dolly. "No refrigerante, especificamente a Coca-Cola, você não sabe o que está bebendo. Há 62 anos ninguém sabe o que está bebendo", disse na atração. "É crime não informar corretamente ou fazer publicidade e não dizer o que é que está compondo o xarope da Coca-Cola. Queremos saber o que estamos consumindo."

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Codonho e a Rede TV! a pagarem indenização de R$ 2 milhões por danos morais à Coca-Cola. Cabe recurso. As informações são da edição de sábado do jornal O Estado de S.Paulo.

Celso Russomanno é acusado de usar mandato para beneficiar empresário


O candidato a prefeito de São Paulo pelo PRB, Celso Russomanno, está sendo acusado de ter usado o mandato de deputado federal para beneficiar o empresário Laerte Codonho, preso por crime contra a ordem tributária. Laerte hoje é sócio de Russomanno, dono da marca de refrigerantes Dolly.

Além disso, Laerte doou R$250 mil ao candidato na campanha eleitoral de 2010, quando ele disputou o governo de São Paulo. Também patrocinou o Programa Celso Russomanno, exibido pela TV Gazeta entre 2006 e 2008, com a marca Guaraná Dolly.

Em 2004, quando Russomano foi deputado, ele apresentou à Comissão de Defesa do Consumidor da Casa um requerimento que pedia investigação contra a concorrência “desleal” da Coca-Cola contra a Dolly. Codonho foi protagonista de uma guerra contra a Coca-Cola e chegou a acusá-la de querer “quebrar” sua empresa Dolly fazendo pressão em fornecedores e distribuidores.

RUSSOMANO PODE SER OUVIDO NA CPI DE CACHOEIRA

Brasília – O líder do PPS na Câmara, o deputado federal Rubens Bueno (PR), vai solicitou no último dia 31 de julho a convocação do ex-deputado e candidato a prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB), na CPI do Cachoeira.

O ex-deputado é citado por um dos investigados do esquema de Cachoeira em uma discussão sobre envio de dinheiro ao exterior, segundo reportagem do jornal Correio Braziliense. De acordo com as denúncias, os suspeitos teriam procurado um contato em São Paulo para fazer a entrega do dinheiro. O jornal afirma que o contato, identificado pela pela polícia como Fábio, teria o controle do dinheiro de Russomanno no exterior.

"Uma das missões da CPI é investigar a ligação de políticos com a quadrilha de Cachoeira. Como Russomanno é citado em relatório oficial da Polícia Federal, a comissão precisa ouvir suas explicações", disse Bueno..

Russomanno afirmou que enviará documento à Polícia Federal autorizando a quebra de seus sigilos financeiro e fiscal. Ele se defendeu de forma enérgica das denúncias e sorriu ao dizer que as acusações surgem no momento em que está em uma boa posição nas intenções de voto. "É só estar bem nas pesquisas para virar alvo, já sou alvo há muito tempo". Afirmou Russomano. Com informações do site srzd.