quinta-feira, 12 de julho de 2012

Assessor de Campos Machado pede exoneração após denúncias

O escândalo da venda de habilitações chegou à Assembléia Legislativa de São Paulo provocando estragos O chefe de gabinete do deputado Campos Machado (PTB), Carlos Alberto de Carvalho Thadeo, o Professor Thadeo, pediu hoje exoneração do cargo que ocupava havia mais de 20 anos.


Ele aparece em escutas telefônicas interceptadas pela Operação Carta Branca intercedendo em favor de um funcionário da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz de Vasconcelos, centro do esquema desarticulado na terça-feira. Trata-se de Marcus Vinícius Coelho, o Marcão, um dos 19 presos acusados de integrar quadrilha.

O assessor político também mantinha contatos periódicos com o empresário Nasser Abdel Hadi Ibrahim, apontado pelo Ministério Público Estadual como o responsável pela lavagem do dinheiro obtido pela máfia das carteiras. Em diálogo interceptado em 26 de março deste ano, Nasser telefona para Thadeo para parabenizá-lo pela permanência de Marcão, funcionário da prefeitura de Ferraz cedido à Ciretran. “Meus parabéns! Inclusive, o prefeito tá muito feliz”, diz Nasser.

Thadeo tinha consciência da situação que se encontrava a Ciretran de Ferraz: “É um ambiente apodrecido”.

Por fim, o assessor defende a permanência de Marcão: “O Marcão não é um cara milionário, é um trabalhador. Agora, porque o cara tá há 26 anos tem que ser removido como se fosse um objeto?
Se o sujeito tá lá é porque tem capacidade e não faz melhor porque a chefia não cobra.”

Em outra conversa, Nasser e Marcão falam sobre uma suposta “traição” do delegado Juarez Pereira Campos, então chefe da polícia em Ferraz, a uma pessoa identificada como Campos.

“Thadeo virou pra mim e disse: ‘Nasser, vai ser aposentado. Mexeu com vocês…’ Olha o que ele falou para mim: ‘Não vai ajeitar o que você quer? Vai ser aposentado.’
O Thadeo pegou uma raiva dele (Juarez), porque ele ajudou o outro e não ajudou o Campos.”

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